quinta-feira, 30 de julho de 2015

O PODER DO SILÊNCIO

Tem horas que queremos tanto convencer alguém a entender nosso ponto de vista ou conseguir alguma coisa que ligamos o modo matraca e não paramos de argumentar. E isso muitas vezes é o que nos impede de sermos compreendidos ou de conseguir o que queremos. 

Podemos até ter razão, mas no desespero de fazer o outro perceber acabamos misturando um monte de assunto, e o que a gente estava falando fica ali meio perdido entre uma ofensa e outra, e histórias mal resolvidas do passado. Fora que quanto mais a gente fala, mais cheia a cabeça do outro vai ficando, e, nessa hora, em vez de ligar o modo empático pra entender o que estamos sentindo ou pedindo, a pessoa liga o modo ataque já que nos tornamos um inimigo da paz com tanto falatório e acusações. 

É por isso que eu reforço sempre que posso que o silêncio, um bom carinho, uma voltinha (depende do caso) argumenta melhor que mil palavras. Se você já tentou explicar e não deu, já tentou de outra forma e também não rolou, é melhor esperar um outro momento para falar de novo ou dar um tempo pra pessoa pensar no que foi falado. 

Às vezes cinco minutos são suficientes para pessoa esfriar a cabeça, e isso vai mostrar que você se importa não só com você, e isso ajuda ela (e) a se importar com você também. Cinco minutos pode ser a oportunidade para você falar de um outro jeito, com outro tom e palavras. Cinco minutos pode ser suficiente para não estragar tudo, então, vale investir em falar menos, em esperar um pouco. Às vezes é de mais silêncio que precisamos, não de mais palavras.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Perfil Geral Político do Eleitor Brasileiro



   
Estava hoje lendo uma postagem no Facebook, onde Leandro Karnal levantou uma questão interessantíssima sobre a atual disputa política disparatada que assistimos rotineiramente no Brasil, com os partidos se engalfinhando pelo poder. Os sujos falando dos mal lavados, sendo julgados pelos próprios cúmplices. Ele (Karnal) sabiamente refletia sobre o que eu chamo de "truques ninjas" de nossos políticos, onde eles lançam uma cortina de fumaça enquanto fogem ou escondem os assuntos que realmente os comprometeriam ou melhoraria a vida da população, logo causaria impacto no bolso deles, que na verdade é o nosso bolso, no qual eles metem a mão. Confuso né? E é exatamente essa a intenção, te deixar tão tonto que você se desinteresse e esqueça da política, se possível até tome raiva e sai dizendo aos quatro ventos: "Detesto política", "Não tem como mudar", "Esse pelo menos rouba, mais faz alguma coisa."

terça-feira, 7 de julho de 2015

O medo como aliado

Viver é também estar disponível às mudanças.

Viver bem é fazer dessas mudanças uma razão, um motivo e um caminho para a felicidade.

É comum torcermos o nariz para tudo que é novo, isso porque, o novo traz em si tudo aquilo que nos é desconhecido. E tudo que é desconhecido causa sim, uma extrema desconfiança.
É compreensível e muito saudável.
O medo nos protege, é ele que nos mostra todas as artimanhas e nos afasta do perigo. Porém, não faça dele um inimigo, cuide para ele seja um aliado, ainda que a premissa seja um tanto contraditória.
Lembre-se que são sempre os imprudentes que entram de cabeça, sem antes analisarem a profundidade do lago.
E não diferentemente, entregam-se antes mesmo de conhecerem a profundidade do outro.
Todas as nossas melhores decisões, as mais felizes e bem acertadas, são aquelas que tomamos tendo total consciência dos riscos que corremos. E jamais reconheceríamos tais riscos, se o medo não tivesse se revelado.
E tendo o conhecimento dos riscos, é que podemos minimizá-los ou quem sabe, neutralizá-los.
O medo cumpre sua função em nossas vidas, precisamos apenas entendê-lo, encará-lo de frente e fazer a ele as perguntas certas.
Pergunte ao seu medo do que é que realmente ele tem medo. E certamente, uma das respostas será:
-Tenho medo do abandono.
Tolice, pois jamais abandonaremos totalmente todos os nossos medos, até porque, ele se mostrará a cada nova decisão, a cada mudança de situação e sempre que o novo e o desconhecido surgir em nossas vidas.
Crescer não é simplesmente abandonar os medos. Crescer é,  principalmente,  nos tornar mais íntimos deles, para que assim, possamos superá-los.
O medo por si só não nos torna mais frágeis, muito pelo contrário, ele existe para que possamos ser heróis da nossa própria história.

Edilene Ferraz