terça-feira, 7 de julho de 2015

O medo como aliado

Viver é também estar disponível às mudanças.

Viver bem é fazer dessas mudanças uma razão, um motivo e um caminho para a felicidade.

É comum torcermos o nariz para tudo que é novo, isso porque, o novo traz em si tudo aquilo que nos é desconhecido. E tudo que é desconhecido causa sim, uma extrema desconfiança.
É compreensível e muito saudável.
O medo nos protege, é ele que nos mostra todas as artimanhas e nos afasta do perigo. Porém, não faça dele um inimigo, cuide para ele seja um aliado, ainda que a premissa seja um tanto contraditória.
Lembre-se que são sempre os imprudentes que entram de cabeça, sem antes analisarem a profundidade do lago.
E não diferentemente, entregam-se antes mesmo de conhecerem a profundidade do outro.
Todas as nossas melhores decisões, as mais felizes e bem acertadas, são aquelas que tomamos tendo total consciência dos riscos que corremos. E jamais reconheceríamos tais riscos, se o medo não tivesse se revelado.
E tendo o conhecimento dos riscos, é que podemos minimizá-los ou quem sabe, neutralizá-los.
O medo cumpre sua função em nossas vidas, precisamos apenas entendê-lo, encará-lo de frente e fazer a ele as perguntas certas.
Pergunte ao seu medo do que é que realmente ele tem medo. E certamente, uma das respostas será:
-Tenho medo do abandono.
Tolice, pois jamais abandonaremos totalmente todos os nossos medos, até porque, ele se mostrará a cada nova decisão, a cada mudança de situação e sempre que o novo e o desconhecido surgir em nossas vidas.
Crescer não é simplesmente abandonar os medos. Crescer é,  principalmente,  nos tornar mais íntimos deles, para que assim, possamos superá-los.
O medo por si só não nos torna mais frágeis, muito pelo contrário, ele existe para que possamos ser heróis da nossa própria história.

Edilene Ferraz

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