terça-feira, 11 de agosto de 2015

Quem sou

Não tenho nenhuma pretensão política. Não sou petista, nem tucano. Sou alguém profundamente incomodado com a crise ética da nossa política.

Comunista na adolescência, vi meus sonhos de um “mundo igualitário” ruir sob regimes totalitários e definitivamente sepultado com a queda do muro de Berlim. Renovei minhas esperanças nas eleições de 1989, onde militei para eleger Lula. Sofri com sua derrota e com o governo Collor. Fui às ruas exigir sua saída. Simpatizei com o governo Itamar Franco e com o primeiro governo FHC. Fiquei um tanto indiferente à reeleição, mas passei para oposição no segundo mandato. Renovei minhas esperanças com Lula em 2002. Tive a minha maior decepção política com o PT já em 2004 com o mensalão. Fiquei apático nas eleições de 2006 e nos anos seguintes, mas não consegui continuar indiferente à escalada de descalabros que se sucederam na crise do Senado de 2008, ocasião em que nosso então presidente Lula veio a público defender o indefensável Sarney, colocando-o, inclusive, acima dos cidadãos comuns.
Sinto-me, portanto, com uma visão plural da política brasileira, uma vez que já estive em ambos os lados das duas correntes políticas que agora se digladiam.  Acredito na ética e na revolução da Internet como um importante vetor no processo de conscientização dos nossos eleitores, para que estes sejam cada vez mais críticos e seletivos quanto aos nossos representantes. Neste contexto, tento dar minha contribuição com este blog, chamando as pessoas a refletirem e tirarem suas próprias conclusões e não apenas alinharem-se cegamente a uma ou outra corrente política, como normalmente acontece.
Acredito também que a única forma de depurarmos nossos políticos é castigando-os nas urnas. Sei que o processo é lento e, certamente, terei ainda muitas decepções pela frente. Felizmente ainda temos a democracia e a esperança em um futuro onde a voz dos eleitores se faça cada vez mais ouvida na grande rede e que a verdade que brota do processo histórico ilumine nossos filhos e netos.
“Políticos são como fraldas. Devem ser trocados frequentemente. Pela mesma razão” (Eça de Queiroz).

quinta-feira, 30 de julho de 2015

O PODER DO SILÊNCIO

Tem horas que queremos tanto convencer alguém a entender nosso ponto de vista ou conseguir alguma coisa que ligamos o modo matraca e não paramos de argumentar. E isso muitas vezes é o que nos impede de sermos compreendidos ou de conseguir o que queremos. 

Podemos até ter razão, mas no desespero de fazer o outro perceber acabamos misturando um monte de assunto, e o que a gente estava falando fica ali meio perdido entre uma ofensa e outra, e histórias mal resolvidas do passado. Fora que quanto mais a gente fala, mais cheia a cabeça do outro vai ficando, e, nessa hora, em vez de ligar o modo empático pra entender o que estamos sentindo ou pedindo, a pessoa liga o modo ataque já que nos tornamos um inimigo da paz com tanto falatório e acusações. 

É por isso que eu reforço sempre que posso que o silêncio, um bom carinho, uma voltinha (depende do caso) argumenta melhor que mil palavras. Se você já tentou explicar e não deu, já tentou de outra forma e também não rolou, é melhor esperar um outro momento para falar de novo ou dar um tempo pra pessoa pensar no que foi falado. 

Às vezes cinco minutos são suficientes para pessoa esfriar a cabeça, e isso vai mostrar que você se importa não só com você, e isso ajuda ela (e) a se importar com você também. Cinco minutos pode ser a oportunidade para você falar de um outro jeito, com outro tom e palavras. Cinco minutos pode ser suficiente para não estragar tudo, então, vale investir em falar menos, em esperar um pouco. Às vezes é de mais silêncio que precisamos, não de mais palavras.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Perfil Geral Político do Eleitor Brasileiro



   
Estava hoje lendo uma postagem no Facebook, onde Leandro Karnal levantou uma questão interessantíssima sobre a atual disputa política disparatada que assistimos rotineiramente no Brasil, com os partidos se engalfinhando pelo poder. Os sujos falando dos mal lavados, sendo julgados pelos próprios cúmplices. Ele (Karnal) sabiamente refletia sobre o que eu chamo de "truques ninjas" de nossos políticos, onde eles lançam uma cortina de fumaça enquanto fogem ou escondem os assuntos que realmente os comprometeriam ou melhoraria a vida da população, logo causaria impacto no bolso deles, que na verdade é o nosso bolso, no qual eles metem a mão. Confuso né? E é exatamente essa a intenção, te deixar tão tonto que você se desinteresse e esqueça da política, se possível até tome raiva e sai dizendo aos quatro ventos: "Detesto política", "Não tem como mudar", "Esse pelo menos rouba, mais faz alguma coisa."

terça-feira, 7 de julho de 2015

O medo como aliado

Viver é também estar disponível às mudanças.

Viver bem é fazer dessas mudanças uma razão, um motivo e um caminho para a felicidade.

É comum torcermos o nariz para tudo que é novo, isso porque, o novo traz em si tudo aquilo que nos é desconhecido. E tudo que é desconhecido causa sim, uma extrema desconfiança.
É compreensível e muito saudável.
O medo nos protege, é ele que nos mostra todas as artimanhas e nos afasta do perigo. Porém, não faça dele um inimigo, cuide para ele seja um aliado, ainda que a premissa seja um tanto contraditória.
Lembre-se que são sempre os imprudentes que entram de cabeça, sem antes analisarem a profundidade do lago.
E não diferentemente, entregam-se antes mesmo de conhecerem a profundidade do outro.
Todas as nossas melhores decisões, as mais felizes e bem acertadas, são aquelas que tomamos tendo total consciência dos riscos que corremos. E jamais reconheceríamos tais riscos, se o medo não tivesse se revelado.
E tendo o conhecimento dos riscos, é que podemos minimizá-los ou quem sabe, neutralizá-los.
O medo cumpre sua função em nossas vidas, precisamos apenas entendê-lo, encará-lo de frente e fazer a ele as perguntas certas.
Pergunte ao seu medo do que é que realmente ele tem medo. E certamente, uma das respostas será:
-Tenho medo do abandono.
Tolice, pois jamais abandonaremos totalmente todos os nossos medos, até porque, ele se mostrará a cada nova decisão, a cada mudança de situação e sempre que o novo e o desconhecido surgir em nossas vidas.
Crescer não é simplesmente abandonar os medos. Crescer é,  principalmente,  nos tornar mais íntimos deles, para que assim, possamos superá-los.
O medo por si só não nos torna mais frágeis, muito pelo contrário, ele existe para que possamos ser heróis da nossa própria história.

Edilene Ferraz

sexta-feira, 26 de junho de 2015

A Atitude faz a diferença

A verdade é que conhecimento não muda ninguém sem a tal da atitude. Eu tenho vários caminhos de cura adquiridos através de livros e vídeos, mas e daí? O que vai adiantar se eu não fizer aquele esforcinho para por em prática o que sei? NADA. Nadinha. Sei que parece injusto termos que nos esforçar quando estamos sofrendo, afinal, a impressão é que não temos força para mais nada já que o sofrer está nos consumindo muito. 

Mas é aí que está o X, Y, Z (o alfabeto inteiro) da questão. Quando ficamos pensando no pior estamos gastando nossa energia em vez de investi-la na nossa melhora. É uma escolha nos ajudar ou não. Está em seu poder ficar imaginando o que de pior pode acontecer (ou lembrando daquela lista de sofrimentos passados), ou pensar com fé de que as coisas podem melhorar (como várias vezes já melhoraram), e imaginar uma cena que te conforte o coração. 

"Ahh! Mas é difícil, dói muito." 

Eu sei. Eu tenho um coração (e bem sensível por sinal) que fica apertadinho, e tem horas que parece que tem uma faca dentro dele de tanta dor que sente, e exatamente por isso que prefiro investir essa energia que ainda tenho naquilo que vai me ajudar a ficar melhor. Quero solução e não mais problemas, por isso eu busco tudo aquilo que pode me fazer bem, por mais que nem sempre o alívio seja imediato. Às vezes dormir é o melhor, mas como tenho que trabalhar, coloco uma música que me gera boas sensações, busco ler coisas positivas, pensar com carinho, respeito, e perdão sobre mim mesma, porque não ganho nada em ficar me acusando. 

Enfim, tudo o que não me deixa mais forte e nem soluciona o problema é dispensável. Tudo o que me alegra é bom, até mesmo brincar com um cachorro ou fazer testes "bobinhos" na internet. Insisto em falar sobre isso porque sei como é fácil se perder na hora da dor. Sei como é fácil se iludir pensando que as coisas só não mudaram porque não achamos a resposta certa. Só que não é assim. Não tem resposta mágica que muda tudo, mas uma atitude sempre muda alguma coisa. Experimente e persista.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Paciência a virtude de ter em conta

A paciência é conhecida como uma virtude de uma razão. De acordo com o dicionário é a capacidade de aceitar ou tolerar o atraso sem ficar com raiva ou chateado. Não é fácil ser paciente e qualquer um que já teve que exercitar a paciência que sabe muito bem o que estou a dizer. A paciência pode ser ainda mais difícil de praticar na nossa era digital, onde tudo parece ser instantâneo. Dito isto é algo que tem que ser aprendido e aperfeiçoado com o devido tempo e esforço.
Não há uma forma milagrosa para o conseguir mas deixo aqui algumas dicas.

sábado, 6 de junho de 2015

Dias Maus, Também os Há

Tem dias que que estamos tão cansados que isso afeta nossas emoções, e dá a impressão de que as coisas não estão legais mesmo estando tudo como estava um dia ou horas atrás. Parece que precisamos nos esforçar terrivelmente para ser agradáveis (sendo que isso normalmente é fácil) qualquer pequeno contratempo ou irritação já nos faz sair de si e então só nos resta ficar atentos para não correr o risco de implicar com detalhes insignificantes em vez de valorizar o que realmente importa. 


Em dias assim, se a gente der bobeira, o caldo entorna. A palavra sai torta, grossa, seca. 
A cara fica azeda, o sorriso amarelo, e por dentro o vazio incomoda, tudo irrita, nada parece bom. Terrível! Mas ainda mais terrível que sentir isso é acreditar que essas sensações são a verdade sobre as pessoas e a vida. Não se deixe levar, não se confunda. Descanse. Coma. Chore. Faça o que puder ser feito no momento para aliviar a tensão. 

Mas se não der para se cuidar agora, pelo menos não piore tudo. Em vez de se deixar levar pelas sensações ruins, leve-se para um passeio pela sua história (através de fotos, conversas, etc.), e relembre que a alegria, sucesso, e o amor também fazem parte da sua vida. O que você sente é passageiro, só permanece aquilo que você presta atenção. Tudo nessa vida passa (as coisas boas e as coisas ruins), mas podemos escolher o que fica, prestando atenção e recordando o que realmente vale a pena, o que nos anima, alegra, motiva, inspira e faz de nós pessoas melhores.